2017 foi o ano em que o mundo cinematográfico chorou com a história de soldados britânicos que ficaram presos em uma cidade francesa e eram bombardeados dia e noite pelos alemães. Dunkirk chegou as telonas do cinema sendo exaltado como uma obra de arte dirigida por Christopher Nolan, e por toda essa repercussão, e também qualidade, é claro, o filme está concorrendo em 8 categorias do Oscar 2018. Mas até onde será que tudo que aparece no filme é verdade?
Para começar, muitas pessoas ficam confusas de como se pronuncia e como se escreve realmente o nome. Dunkerque ou Dunkirk? A primeira opção podemos dizer que é a mais certa, pois é a forma em francês, já a outra é a americanizada e a mesma utilizada para o nome do longa.
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Confira a nossa crítica do filme Dunkirk
Dunkerque é uma cidade portuária na França que faz fronteira com a Bélgica, e foi lá, em maio de 1940, que aconteceu a batalhe de Dunkerque, logo no começo da Segunda Guerra. Os nazistas estavam avançando para o oeste em direção à França, e depois de vencer a Holanda e a Bélgica, a tropa alemã deixou ainda mais acuados os franceses e ingleses que lutavam ali em Dunkerque.
Não havia esperança, os alemães já haviam percebido movimentação de navios de guerra e transportes ingleses para socorrer os soldados ilhados. O almirantado em Londres ordenou o início da Operação Dínamo, que deveria evacuar o máximo de homens possível de Dunkerque. A ideia era que em dois dias, no máximo, daria para salvar 45 mil pessoas.
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Foram 222 embarcações de guerra envolvidas e mais 665 barcos civis. Os navios iam desde mercantes, corvetas, navios de transporte, embarcações fluviais, salva-vidas, barcos de pesca e outras embarcações pequenas até rebocadores e navios costeiros.
Ao mesmo tempo, Hitler ordena uma ofensiva em que os aviões alemães fariam de tudo para impedir o trabalho de resgate na costa. E foi aí que, além da terra, surgiu a batalha no ar, com caças britânicos, canadenses e poloneses lutando para manter o espaço aéreo livre. Mas o milagre acontece e cerca de 338.226 homens foram salvos, 70 vezes mais do que o planejado pela guarda britânica.
Para trazer toda essa verdade as telonas, Nolan contou ao apresentador britânico Joshua Levine, como foi todo o processo de produção do livro. O diretor deixou claro que não se inspirou em nenhuma história real para o roteiro e acrescentou: Eu não vejo isso como um filme de guerra. Vejo como uma história de sobrevivência”. Mesmo assim o personagem do ator Kenneth Branagh, o comandante Bolton, tem muita semelhança com o verdadeiro capitão britânico, William Tennant, que ficou conhecido pelo esforço e dedicação de levar o máximo de soldados de volta para casa.
Todas essas e outras curiosidades contadas pelo próprio diretor do filme estão disponíveis e registradas na obra Dunkirk: A História Real Por Trás do Filme. Aqui no Brasil foi publicado pela Harper Collins. Então, para quem gosta de um bom filme e uma boa história, esse é um livro maravilhoso.