Quarteto Fantástico: Primeiros Passos- O filme que o grupo precisava ter…

Depois de anos sem projeto ou reconhecimento, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é o filme que o grupo precisava ter. Principalmente por trazer uma história além da origem do grupo. Mas, não significa que a gente saia totalmente satisfeito do cinema. Por isso, vamos falar sobre Quarteto Fantástico: Primeiros Passos:
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Mesmo bom, falta um tempero:
Sim, eu vou começar a falar da parte que me deixou de barriga meio preenchida. De modo geral, o filme é bem agradável de assistir, mas sai do cinema com a sensação que faltou algo para torna-lo grandioso. Mesmo que vários elementos tenham funcionado, falta alguma, em específico, para deixar diferente ou marcante dos demais.
Talvez, seria mais um mérito do roteiro do que outra área. Especialmente, por deixar escapar algumas oportunidades de aprofundamento. Mas, o saldo final é de uma obra que recoloca o Quarteto no panteão do MCU com dignidade, potência emocional e sofisticação estética.

Uma vibe bem Os Jetsons com os anos 60:
Apostando em uma estética retrofuturista ambientada em uma realidade alternativa dos anos 1960, é impossível não comparar com produções da década, como o desenho Os Jetsons. A direção conta com uma mistura de nostagia e um ar de “quadrinhos” clássicos. Além disso, abraça referências do sci-fi dos anos 60 com um toque de sofisticação visual, sem perder o tom Marvel.
Enquanto isso, a obra mostra à grandiosidade cósmica: o Surfista Prateado de Julia Garner é etéreo e enigmático, e o Galactus dublado por Ralph Ineson é uma entidade de presença ameaçadora e voz arrepiante, construída com imponência e silêncio. Aliás, a chegada do vilão é um dos principais marcos do filme. Ao invés de se apoiar em destruição sem sentido, temos uma tensão silenciosa, com camadas e efeitos que dão um ar misterioso e cauteloso. O Surfista, por sua vez, flutua como uma pincelada de luz em um universo que parece ter voltado a acreditar em beleza.

É um quarteto, mas cada um tem seu destaque:
De fato, o elenco é um show à parte. Pedro Pascal entrega um Reed Richards mais paternal, um gênio torturado pela culpa de suas escolhas e pela responsabilidade que carrega nos ombros. Tanto que ele fica “no mundo dele” em diversos momentos. Mas, quando precisa ser líder, fica de frente. Vanessa Kirby rouba a cena com uma Susan Storm finalmente escrita com densidade: sensível, forte e essencial para a coesão emocional da equipe.
Agora, Joseph Quinn injeta um charme jovem e rebelde no Tocha Humana, no entanto, ele prova que é muito mais do que isso. A sua dedicação e empenho são colocados de um jeito incrível e mostra além do humor. Enquanto que Ebon Moss-Bachrach emociona ao interpretar Ben Grimm com uma sensibilidade surpreendente, mesmo sob toneladas de prótese rochosa.
Vale a pena assistir Quarteto Fantástico: Primeiros Passos?
Sim, vale a pena, mesmo que não seja perfeito. Quarteto Fantástico: Primeiros Passos tem duas cenas pós-créditos, são duas, mas já falo que a primeira é muito impactante. De forma geral, é uma obra que poderia ser muito mais. Porém, tem diversão, emoção e entende o que torna esse grupo especial, o fato de serem uma família antes de serem heróis.




