O mercado do audiolivro é um dos que mais cresce na cena editorial norte-americana. Por lá, os faturamentos chegam a aumentar duas casas decimais ao ano. Em 2011, o mercado americano produziu 36 milhões de títulos, número que praticamente dobrou em 2016, com 89 milhões de unidades. No Brasil, ainda está crescendo com a ajuda de aplicativos , como a Ubook. A gerente de conteúdo nacional da Ubook, Cristina Albuquerque, conta um pouco sobre a perspectiva de mercado e ainda algumas curiosidade por volta do aplicativo.
Lá fora as pessoas são mais adeptas ao formato de áudio book. O que motivou trazer esse formato também para o Brasil?
As pessoas estão ficando cada vez mais sem tempo de consumir o livro impresso, então tanto o áudio quanto o e-book ajudam a facilitar a vida do cliente. Por exemplo, tem vezes que uma pessoa quer o livro mas não tem tempo de ler, mas ela pode escutar enquanto está no metro ou fazendo outra coisa.
Vocês ainda sentem certa rejeição dos brasileiros em relação ao formato?
Eu acho que a rejeição não é a palavra certa, e sim falta de entender o que é de fato o áudio livro. Essa é a grande barreira, porque ás vezes a pessoa nunca tentou ou acha que é apenas para criança. No meu caso, antes de eu entrar para o projeto, eu achava a mesma coisa, mas assim que comecei a ouvir foi um caminho sem volta, eu escuto em vários lugares.
O que o áudio livro pode contribuir para o público?
Além de contribuir para os deficientes visuais, ele pode ajudar pessoas com problemas de dislexia.
Quantos títulos em média vocês publicam por mês?
Geralmente de 25 a 30 títulos por mês.
Quantas pessoas trabalham para deixar um áudio book pronto?
Então temos os editores, que recortam os detalhes do áudio e compõem a obra completa, e o revisor que analisa se tem alguma falha ou não.
Qual livro você mais sonha em produzir nessa versão?
Existem vários, mas o mais difícil e é o mais pedido pelo público é a saga “Harry Potter”, pois a editora ( Rocco) não possui os direitos para transformar em áudio book.