O remake de 2024 de O Corvo gerou uma variedade de opiniões, principalmente de tentar reverenciar o clássico cult de 94, mas trazendo um estilo atualizado. Dirigido por Rupert Sanders e estrelado por Bill Skarsgård, o filme se esforça para capturar a atmosfera gótica do original, mas luta com alguns elementos-chave. Vem saber o que achamos!
A história de O Corvo
Eric Draven é brutalmente assassinado junto com sua noiva, Shelly Webster, por um grupo de criminosos ligado ao sombrio passado do casal. No entanto, Eric recebe a chance de salvar seu grande amor ao se sacrificar. Determinado a corrigir os erros do passado, ele retorna do túmulo em busca de vingança contra aqueles que tiraram sua vida e a de Shelly.
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É bom? Não!
Todo o enredo de O Corvo é centrado em acompanhamos a jornada de vingança de Eric, que atravessa os mundos dos vivos e dos mortos para fazer justiça. Embora a versão original de 1994 tenha se tornado icônica devido à sua narrativa visual elegante e à trágica morte de Brandon Lee, esta nova versão adota uma abordagem diferente.
A versão 2024 se aprofunda nos elementos sobrenaturais, apresentando uma cosmologia que liga as motivações dos personagens a um cenário mitológico mais grandioso. Isso tinha tudo para ser brilhante, mas não foi bem trabalha. O enredo ficou confuso e assuntos que poderiam dar um tom único para a nova versão acaba sendo bem superficial.
Outro ponto que faz com que o filme não fique nada atrativo é a falta de ritmo e o desenvolvimento dos personagens, que carecem de profundidade. A ligação romântica entre Eric e Shelly acontece muito rápida e intensa, não dando assim um peso emocional necessário para justificar toda raiva e desejo de vingança.
Para mim o maior problema, além do roteiro confuso, é que a montagem do filme também não colabora. Como disse anteriormente, o filme não mantém o ritmo, tem horas que está muito agitado e do nada tem uma queda brusca na narrativa. O que também pode ter influência na trilha sonora fraca sem nenhum grande efeito nas cenas. Talvez só a cena do teatro que seja uma das mais completas e intrigantes durante todo o tempo de tela.
Mas também não é ruim!
No entanto, tiveram momentos em que o filme chamou minha atenção positivamente, principalmente nas cenas mais sombrias e inspiradas no terror. Que por sua vez trabalha bem a questão de quanto o amor está associado a vingança, afinal: até onde você iria para salvar seu grande amor?
Talvez por eu ter ido assistir com as espectativas lá em baixo, eu tenha me surpreendido um pouco e me envolvido com o filme. Principalmente nas cenas sangrentas bem coreografadas e com ótimos efeitos visuais.
Sinto que no geral a versão de 2024 de O Corvo deixa a desejar por um conjunto de fatores, desde a não necessidade de um remake até na hora da montagem final. No entanto, não é um filme de se jogar fora, dá muito bem para apreciar a atuação de Bill e das cenas de ação. Se for assistir vá de mente aberta e tente aproveitar!