Com a chegado do mês mais assustador do ano, confira alguns livros nacionais para ler e entrar no clima do Halloween. Afinal, os autores do nosso país também trazem obras incríveis que nos arrepiam. Quer saber como? Portanto, veja os livros nacionais para ler e entrar no clima do Halloween:
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O Sorriso da hiena, de
Atormentado por achar que não faz o suficiente para tornar o mundo um lugar melhor, William, um respeitado psicólogo infantil, tem a chance de realizar um estudo que pode ajudar a entender o desenvolvimento da maldade humana.
Porém a proposta, feita pelo misterioso David, coloca o psicólogo diante de um complexo dilema moral. Para saber se é um homem cruel por ter testemunhado o brutal assassinato de seus pais quando tinha apenas oito anos, David planeja repetir com outras famílias o mesmo que aconteceu com a sua, dando a William a chance de acompanhar o crescimento das crianças órfãs e descobrir a influência desse trauma no desenvolvimento delas. Mas até onde William será capaz de ir para atingir seus objetivos?
Amplificador, de Cesar Bravo
De fato, em Amplificador, talvez, apenas talvez, a tecnologia esteja muito mais ligada à biologia dos nossos corpos e mentes do que possamos imaginar. Você já ouviu ruídos tarde da noite e que te deixaram receoso?
Já assistiu algum filme ou programa na tv que pareceu mexer não apenas com seu cérebro, mas com sua carne? Ou até aquele acorde visceral que te colocou em um estado vibratório único e imersivo?
Visão Noturna, de Franklin Texeira
Desde pequeno, Theo é fascinado por filmes de terror, mas sabe que eles não são o suficiente para livrá-lo dos pesadelos intensos que o atormentam, imagens tão vívidas que se confundem com a realidade. Junto a Yuri, amigo com quem tem uma relação complicada e por quem nutre uma paixão secreta, ele encontra uma maneira de dar vazão a esse lado obscuro, e assim é criado o Visão Noturna, canal de internet dedicado a crimes reais e eventos misteriosos.
Após desvendarem a morte brutal de uma mulher no interior fluminense, os dois jovens precisam consolidar a súbita fama com um novo projeto. Por isso, a bordo da kombi Rita Lee, eles partem para a região serrana do Rio de Janeiro com o objetivo de filmar uma série documental em Itacira, cidade repleta de lendas urbanas e acontecimentos sinistros desde sua formação. Não demora muito para que Theo e Yuri entendam que os muitos mistérios que rondam a cidade não ficaram no passado, e que seus moradores podem esconder mais segredos do que estão dispostos a revelar.
Em 1589, o padre e demonologista Peter Binsfeld fez a ligação de cada um dos pecados capitais a um demônio, supostamente responsável por invocar o mal nas pessoas. É a partir daí que Raphael Montes cria sete histórias situadas em um vilarejo isolado, apresentando a lenta degradação dos moradores do lugar, e pouco a pouco o próprio vilarejo vai sendo dizimado, maculado pela neve e pela fome.
As histórias podem ser lidas em qualquer ordem, sem prejuízo de sua compreensão, mas se relacionam de maneira complexa, de modo que ao término da leitura as narrativas convergem para uma única e surpreendente conclusão.
Morto Não Fala E Outros Segredos de Necrotério, de Marco de Castro
Nossa viagem pelo tenebroso universo construído pelo autor começa em companhia de Jucélia, mulher negra, estudante de medicina. Acima de tudo, uma batalhadora. Como muitos estudantes selecionados por um programa de cotas, Jucélia não é unanimidade afetiva em sua turma, sobretudo para os integrantes mais privilegiados ― e brancos ― da faculdade, que fazem questão de demonstrar o quanto a desprezam. Não bastasse a necessidade de confrontar essa animosidade gratuita durante as aulas, Jucélia enfrenta dilemas parecidos ao atravessar os portões da faculdade, nas ruas, muitas vezes em seu próprio círculo mais íntimo. Sobrevivente de uma história de racismo que grande parte do Brasil ainda nega existir, Jucélia se fortalece com o que tem de melhor: a esperança de dias melhores.
Em uma noite de estudos práticos na sala de necrópsia, ela acaba tendo um encontro solitário com um velho conhecido dos estudantes. Val é um cadáver, tem a cor de um pedaço de carne que saiu do forno e está morto há muitos anos. Mas com Jucélia, ele se sente seguro para contar tudo.