Esta não é exatamente apenas uma história de origem, mas Lightyear vai nos levar para uma aventura bem interessante. Na verdade, a obra conta a razão pelo qual o brinquedo se tornou um personagem tão marcante e acabou se juntando à coleção de personagens no quarto de Andy. Ao longo dessa trajetória, entendemos o motivo. Afinal, esse novo spin-off da Pixar trouxe uma verdadeira lição sobre companheirismo e humanidade. Por isso, vamos ver tudo a respeito do longa:
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Uma verdadeira viagem pela galáxia:
Em primeiro lugar, Lightyear é um leque de inspirações da ficção científica, passando por referências que vão desde o universo de “Star Wars”, “2001 – Uma Odisseia no Espaço” até “Interestelar”. Aliás, a narrativa toda tem um cenário bem clássico. Diante de uma trama simples, personagens carismáticos e elementos comuns do gênero. Ou seja, viagem no tempo, paisagens fantásticas e tecnologia futurista. Tudo isso se junta com uma qualidade de animação impecável e que capta os mais variados detalhes.
Agora, o início do filme é extremamente corrido e frenético, com a narrativa nos jogando de cabeça numa missão dos patrulheiros espaciais, comandada por Buzz, sua parceira Alisha Hawthorne e um recruta. O astronauta queixudo acaba cometendo um erro que se torna o estopim da história. A velocidade com que tudo é estabelecido é um tanto abrupta e muito apressada. Mas também há um senso de imersão na economia narrativa, inclusive com uma montagem de passagem do tempo bem impactante. Rapidamente, estamos numa belíssima ópera espacial com um herói buscando redenção.
Personagens cativantes e únicos:
A abordagem da produção é bastante aventureira e divertida. No entanto, brinca com temas adultos em uma animação que funciona para todas as idades. Isso pode ser visto quando mostra os interesses das grandes empresas, sejam elas espaciais ou não, e o quanto questões de benefício próprio passam por cima das de benefício coletivo. Tudo com um tom humanizado e único. Isso sem comentar com a participação do elenco.
A amizade entre Buzz e a comandante Hawthorne também rouba a cena e traz momentos de emoção ao filme. Apesar de ser um filme divertido, não há como não ficar tocado em ver o patrulheiro assistindo a todo mundo envelhecer. Consequentemente, em saber que ninguém vai restar ao seu lado quando ele voltar à Terra, caso consiga. Os demais personagens fazem parte dessa descoberta e garantem as cenas divertidas. Tanto a neta de Hawthorne e seus colegas quanto o gato-robô Sox, que merecia um spin-off.
Conclusão:
Portanto, Lightyear consegue se manter em uma diversão imersiva. O ritmo da história não para, o trabalho de voz é carismático e temos boas piadas com Sox. Além de muitas referências visuais e narrativas para o gênero de ficção científica. Ou seja, garante que o inegável espetáculo visual e de ação construído em tela pelos animadores da Pixar seja embasado em uma profundidade emocional.