Homem Aranha: Longe de Casa traz um herói empolgante, sensível, ambicioso e talvez um pouco confuso. Após os eventos de Vingadores: Ultimato, o filme é extremamente emocionante e honra o legado do Homem de Ferro. Porém, trazendo uma narrativa completamente nova ao MCU.
O filme fala de como Peter Parker está tentando se desprender dos seus compromissos como Homem Aranha para curtir as férias de verão na Europa com seu melhor amigo, Ned (Jacob Batalon), e aproveitar a oportunidade para declarar seus sentimentos para MJ (Zendaya). Todos os planos de Peter Parker dão errado quando ele é abordado por Nick Fury (Samuel L. Jackson) e Maria Hill(Cobie Smulders). Eles pedem para ajudar Quentin Beck, o Mysterio, a lutar contra os Elementals e salvar o mundo. O tempo todo, Peter sofre com a ideia de preencher o espaço deixado pelo Homem de Ferro depois que o herói morreu. Além disso, Homem Aranha precisa, outra vez, decidir que tipo de super herói ele quer ser.
Peter após “Vingadores:Ultimato”:
A obra também fala do protagonista tentando descobrir o tipo de herói que quer ser. No entanto, reapresenta esse questionamento na vida do garoto ao adicionar dois fatores externos: a morte de Tony Stark e a chegada de Mysterio. Algumas vezes, o longa cruza o mesmo caminho que De Volta ao Lar, com o roteiro de Chris Makenna e Erik Sommers falhando para desenvolver alguns aspectos dos personagens. No lugar, muitos personagens ficam meio perdidos enquanto o filme tenta alcançar algum objetivo. É fato que a história de Mysterio ficou bagunçada e a ação ficou dividida em pedaços. Mesmo assim, para o Homem Aranha do MCU estabelecer sua identidade em um mundo que estava acostumado com vários heróis, de forma que Homem Aranha percebesse que agora ele é a última esperança que a terra tem.
Quanto ao Mysterio:
Mysterio, por exemplo, reforça e distrai o tema de Homem Aranha: Longe de Casa. A história de Mysterio ficou um tanto quanto imperfeita, mas funciona graças a performance perfeita de Jake Gyllenhaal, no qual é o par perfeito para trabalhar ao lado de Tom Holland. As conversas entre os dois transmitem uma certa ternura triste devido à solidão vivida por ambos, funcionando bem tanto para a narrativa quanto como dinâmica de elenco. Pena que o personagem logo enverede para o estereótipo, após a reviravolta explicada com uma boa dose de didatismo.
O primeiro tem a seriedade e carisma esperada para o mentor de Homem Aranha, enquanto Tom Holland continua trazendo um incrível charme para Peter Parker, arrasando mais uma vez na ideia de trazer a imagem de um adolescente esquisito que carrega o mundo nos próprios ombros. O romance adolescente de Peter Parker e MJ realmente traz a vibe de personagens de ensino médio, e Nick Fury realmente cobra o garoto e faz com que ele questione o tipo de herói que ele quer ser.
Conclusão:
Longe de Casa, entretanto, o Homem-Aranha se provou mais próximo de si do que nunca, e também daquilo que serve como seu norte. A frase dita por Ben e que atravessa universos, como sempre, está certíssima, mas pela primeira vez Peter Parker parece ter poderes plenamente capazes de encarar as responsabilidades. Sejam elas as de ser um herói e salvar o universo, trabalhar o próprio luto ou passar de ano na escola e cuidar da família.