Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos: A importância do gênero para os brasileiros

Também conhecidas como HQ’s, as histórias em quadrinhos são um modelo de leitura que mistura elementos textuais e visuais, criando a sensação de sequenciamento das cenas. Este gênero literário é um grande responsável por apresentar e incentivar as crianças ao mundo da literatura. Tanto que , atualmente, é comum ler algum sobre super-herói ou de uma turma específica nesse formato. No dia 30 de janeiro é marcado, no Brasil, por homenagear esse estilo e também relembrar os sucessos como “Turma da Mônica” e “O Menino Maluquinho”. Mas você sabe o motivo específico dessa data? Para responder, precisaremos fazer uma pequena viagem no tempo.
No Brasil, as histórias em quadrinhos começaram a ser publicadas no século XIX, adotando um estilo satírico conhecido como cartuns, charges ou caricaturas e que depois se estabeleceria com as populares tiras. A edição de revistas próprias de histórias em quadrinhos no país começou no início do século XX. A primeira que foi publicada foi “As Aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte”, autoria do cartunista Angelo Agostini, 30 de janeiro de 1869, por isso a explicação para a escolha desta data.

A partir de 1984, ficou instituído, através da “Associação dos Quadrinistas e Cartunistas do Estado de São Paulo” (AQC-ESP), que todo o dia 30 de janeiro se comemoraria o Dia do Quadrinho Nacional, em homenagem ao trabalho de Agostini. Desde então, anualmente, como parte das celebrações desta data, a AQC-ESP organiza o Prêmio Angelo Agostini, que tem o propósito de prestigiar os talentosos profissionais brasileiros que atuam na produção de histórias em quadrinhos.
O jornal que fez a publicação chamava-se Vida Fluminense e a primeira história sequencial era “Nhô-Quim”, feita em dois episódios, que contava a história de um caipira de 20 anos que visita a Corte no Rio de Janeiro. Agostini era conhecido por retratar assuntos políticos e as ilustrações eram um pouco diferente do que conhecemos hoje, porque as obras não possuíam balões de fala e sim pequenas caixas com legenda.
A partir daí, outras histórias em quadrinhos começaram a surgir, principalmente com o surgimento da revista infanto-juvenil “O Tico-Tico”, em 1905, que englobava histórias de autores como J. Carlos (Lamparina), Alfredo Storni (Zé Macaco e Faustina), Max Yantok (Pára-Choque e Vira-Lata) e Luis Sá (Reco-Reco, Bolão e Azeitona) e também contava com diversos passatempos, contos, crônicas, reflexões sobre a realidade brasileira e conselhos para os jovens leitores.
Mesmo com a chegada e popularização de grandes editoras internacionais, como “Marvel” e ‘DC comics”, as versões nacionais se estabeleceram no mercado e marcaram a vida de milhares de brasileiros, como “A Turma da Mônica”, “O Menino Maluquinho”, “A Turma do Pererê”. É claro que esse formato é uma marca de extrema importância para a cultura e pode ser vista em diversos formatos. Como o sucesso de Mauricio de Sousa, que é uma das maiores marcas brasileiras tendo se expandido para além dos gibis, como em livros, brinquedos, jogos, entre outros.

Além disso, a utilização das histórias em quadrinhos não é apenas para entretenimento, já que no ensino faz com que os alunos tenham um bom rendimento nas escolas, possibilitando um melhor desempenho no processo de ensino e aprendizagem. Incluindo um aumento na motivação dos estudantes para o conteúdo das aulas, aguçando sua curiosidade e desafiando seu senso crítico. É visto que o gênero possibilita ser uma forma de educar e expandir um universo específico. Pode ser para o público infantil e para os adultos que buscam uma leitura tranquila e nostálgica.