Hoje vamos dar início a uma nova coluna no site sobre curiosidades. Como janeiro está sendo um mês de apresentação da nossa equipe, hoje venho com uma curiosidade sobre o tema que deu origem ao site.
Você já ouviu falar sobre? Tem ideia do que pode ser? Você sabe que fazer resenha de livro, crítica de filmes e etc é uma forma de fazer jornalismo? Então vamos conhecer um pouco mais sobre esse gênero apaixonante que extrai o melhor, ou o pior, de cada um.
O Jornalismo Literário surgiu em 1960 como um estilo que mistura o texto jornalístico e a literatura. Tem como objetivo produzir uma reportagem profunda de forma elaborada, detalhada e de postura ética e humanizada. O jornalista deste gênero pode escrever fora dos padrões estabelecidos pelo tradicional lead e colocar seu ponto de vista usando a subjetividade.
No campo jornalístico, tanto a visão da objetividade quanto a da subjetividade estão apoiadas na ideia de que ambas são formas de garantir informação; mesmo a objetividade sendo um atributo para um texto claro e conciso apresentando um ponto de vista neutro, enquanto a subjetividade é uma forma de colocar as emoções de quem escreve.
As diferenças entre o jornalismo literário e o jornalismo tradicional vão além da estrutura da narrativa. Os jornalistas que se aventuram neste gênero não devem ficar restritos a fonte oficial. Esse é um jornalismo narrativo em que o autor busca expressar a realidade contando histórias utilizando pessoas reais como foco dos acontecimentos.
A liberdade temática proporcionada pelo jornalismo literário atrai jornalistas e leitores por apresentar os fatos de forma mais detalhada e profunda. Além disso, qualquer tema pode ser pauta para este jornalismo.
No Brasil, o jornalismo literário não tem um início definido. Alguns pesquisadores e estudiosos apontam Euclides da Cunha como o responsável, a partir de sua publicação do livro “Os Sertões”, que originalmente foi produzido para o jornal O Estado de São Paulo e tornou-se um relato profundo da realidade.
Em 1966, foi lançada pela editora Abril a revista Realidade, o primeiro veículo a apresentar características do jornalismo literário. A revista contava com reportagens ousadas e inovadoras produzidas por grandes jornalistas como José Hamilton Ribeiro, Roberto Freire e José Carlos Maranhão.
Nos jornais impressos, as colunas opinativas, artigos, crônicas, e todo o segmento desse gênero jornalístico, são as únicas coisas que talvez diferem o impresso do on-line, o que faz com que as pessoas ainda comprem os jornais para ver algo “novo” e diferente do que já leram na internet. Afinal, o leitor já se deparou com aquela notícia no mínimo duas vezes no dia anterior, antes de comprar o impresso.