Quando comecei a assistir O Rastreador, foi da maneira mais despretensiosa: apenas li a sinopse do primeiro episódio e dei play. Naquele primeiro episódio, descobri que era exatamente o tipo de série que estava buscando. Uma série envolvente, com um plano de fundo que vai se desenvolvendo ao longo da temporada, mas que ao mesmo tempo apresenta episódios desconexos. Cada um contando uma história diferente. Confesso que fazia muito tempo que não acompanhava uma produção assim, e talvez por isso O Rastreador ganhou minha atenção logo de cara. Agora, vou contar um pouco sobre a série e dividir com vocês tudo o que achei.
A história de O Rastreador
Colter Shaw é um homem solitário, porém um sobrevivente que percorre os Estados Unidos em busca de recompensas. Ele utiliza suas habilidades de rastreamento para ajudar cidadãos e autoridades a resolver todo tipo de mistério, mais especificamente ajudando a encontrar pessoas, animais e até objetos. Enquanto está na estrada trabalhando, Shaw precisa lidar com os segredos de sua família.
A trama gira em torno do protagonista Colter Shaw, um caçador de recompensas que usa seus talentos para encontrar o que as pessoas procuram. Como falei no início, cada episódio traz um caso diferente, o que torna a série dinâmica. No entanto, existe o mistério por trás do passado do protagonista, que vamos desvendando ao longo das temporadas, como a causa da morte do pai e o afastamento do irmão mais velho.
Ritmo e intensidade na medida certa
A série mantém um bom ritmo, aumentando a intensidade a cada episódio. Começamos com desaparecimentos simples e, aos poucos, nos deparamos com casos de assassinato e redes de criminalidade. Embora a história seja centrada na vida de Colter Shaw, ele não está sozinho. Os personagens secundários tornam a série ainda mais interessante, como o hacker Bob, a advogada Reenie e, principalmente, as duas senhoras que o ajudam a encontrar os melhores casos.
A primeira temporada foca no desenvolvimento dos mistérios da família de Shaw. Vamos descobrindo mais sobre seu passado, sua relação com o pai, como ele se tornou um bom rastreador e seus laços com os irmãos. Destaco a apresentação do irmão mais velho, vivido por Jensen Ackles, cuja escolha de ator foi excelente. A série trouxe referências ao papel icônico de Ackles sem forçar a conexão.
Já na segunda temporada, continuamos a explorar os segredos da família, mas também somos apresentados a novos casos que assombram o protagonista. O desaparecimento da irmã de uma amiga de infância do protagonista, se torna assunto central logo no primeiro episódio. Contudo, o tema é abordado gradualmente, com outros elementos complementando a narrativa ao longo da temporada.
Minhas sincera opinião
O que mais me agradou foi o progresso dos episódios ao longo da série. Começamos com casos mais simples e superficiais, mas, aos poucos, mergulhamos em tramas de assassinatos, sequestros, tráfico e muito mais. O Rastreador é uma série promissora que revela seu potencial de maneira gradual, que prendeu a minha atenção não apenas pelos mistérios familiares de Shaw, mas também pela curiosidade sobre seus próximos desafios.
Na minha percepção, O Rastreador tem potencial para pelo menos cinco temporadas sem perder a qualidade. Com poucos episódios por temporada, personagens carismáticos e uma narrativa direta, a série evita enrolações e conflitos desnecessários e te conqusita com o básico de um bom roteiro. O desenvolvimento dos personagens é maduro e bem-resolvido, um grande ponto positivo.
Lançada em 2024 pelo Disney+ aqui no Brasil, O Rastreador é baseado no best-seller The Never Game, de Jeffery Deaver e conquistou o público de imediato. O carisma e a beleza do protagonista Colter Shaw, vivido por Justin Hartley, pode ser um dos motivos do sucesso. Porém, também aposto no roteiro bem escrito e nas cenas de ação bem dirigidas. Por fim, as participações especiais foram um deleite absoluto, me deixando ansiosa por mais!
