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Em pleno 2018 você realmente ainda vai acreditar que a internet é um lugar seguro? Bom, você leitor pode até dizer que não acredita, mas algumas pessoas ainda levam fé e gostam de expor suas vidas nesse lugar, principalmente as que fazem desse mundo uma forma de ganhar dinheiro. Esse exemplo é o caso da história de Cam, novo filme da Netflix com um enredo de suspense psicológico misturado com muita sensualidade.

 

Lola (Madeline Brewer) é o pseudônimo de uma CamGirl, aquelas mulheres que ficam se exibindo na web cam para os homens e recebem dinheiro para fazer alguma loucura. A jovem está em busca de ser a número 1 na internet, a primeira das mais visualizadas e a com mais fãs. Para tal feito, todas as vezes em que aparece ao vivo para entreter os homens, Lola pensa em fazer alguma maluquice, como fingimento de suicídio, uso de brinquedinhos, jantares semi nua, tudo isso para conseguir mais visitantes e, consequentemente, dinheiro. Seu plano estava indo bem até a sua conta ser hackeada por uma pessoa idêntica que começa a se passar por ela na web.
Madeline Brewer é Lola no novo filme da Netflix

 

O incio do filme é uma introdução sobre com funciona esse universo das CamGirls e é bem interessante como eles apresentam, pois mostra como as mulheres desse mundo vivem, são julgadas e de certa forma têm o apoio uma das outras. Tudo isso mostrando da perspectiva da personagem e o mundo em que ela resolveu construir para ela. Lola é uma jovem ambiciosa e conseguimos ao longo do filme notar que ela é capaz de fazer qualquer coisa para obter a fama e ter uma vida confortável com o dinheiro. Por conta dessa ambição, ela é capaz de tudo para ter sua conta de volta. É interessante olhar por esse ângulo, que mesmo sendo taxada de atriz pornô e tudo mais, isso não abala a protagonista, afinal, é a forma que ela achou de ganhar dinheiro e no seu subconsciente suas regras pessoais valem mais que qualquer comentário.

 

Todo enredo do filme se desenvolve no intuito de descobrir como a conta foi hackeada e como existe alguém tão parecida com ela sem ser irmã gêmea ou qualquer parente. É perturbador as cenas dela se assistindo e conversando com ela mesmo. Conseguimos perceber nos olhos da atriz o quanto a personagem está ficando paranoica. Afinal, ela esta vendo toda a sua fama e sua vida sendo roubadas por alguém desconhecida com o mesmo rosto que ela.

 

Cam tem um roteiro bem redondinho, com início meio e fim, porém possuiu algumas brechas como qualquer outro quando é muito organizado. O filme prende do início ao fim e deixa um ar de suspense conforme vamos chegamos perto do final, pois as máscaras de alguns personagens vão caindo e vamos tendo certeza de quem não presta na história. Fora isso também vamos descobrindo que pessoas que antes a julgavam começam a olhar com outros olhos, afinal, mesmo sendo escorraçada, ela não liga para opinião dos outros. Se é aquilo que ela gosta de fazer, ela terá de volta.
A conclusão que deixa muito a desejar. O filme tinha tudo para ser muito bom, porém ele não explica bem quem realmente fez, como fez e nem o motivo para fazer isso. Apenas descobrimos superficialmente o que é que está acontecendo e como ela pode derrotar aquele hacker. Porém, mesmo com essa falha, é angustiante ver a forma com Lola descobre a verdade e como ela faz para ter seu mundo de volta, é bem “Eu vou morrer, mas a conta volta para mim, bitch.”

 

Cam é um filme que poderia ter ganhado um pouco mais de desenvolvimento e uma resolução mais digna. O que realmente deixa a desejar e fica faltando é um desenrolar melhor do caso, parece que só lembraram de mostrar o que realmente aconteceu nos últimos 5 minutos. Além disso, apresenta um final bem óbvio e característico da personagem, que mesmo sendo previsível, vale apenas pois condiz com a história.

 

Vale dar uma olhada no filme e dizer o que você acha, pois fugimos um pouco da zona de conforto e mergulhamos em mundo que recebe um olhar preconceituoso todo dia. Netflix arriscou e acertou meio ponto. Quem sabe o próximo ela não tire nota 10?

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