Bienal nas Escolas leva autores às salas de aula do Rio e da Baixada Fluminense

A Bienal do Livro Rio é um evento que ocupa um lugar especial na memória afetiva das pessoas e muitas vezes funciona como porta de entrada para o mundo da leitura, especialmente para crianças e adolescentes. Jovens estudantes têm a oportunidade de um contato mais próximo com obras e histórias durante as visitas escolares ao maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país.
Desde sua edição de 2019, com o lançamento do projeto “Bienal nas Escolas”, o evento tem expandido seus horizontes para além dos pavilhões do Riocentro e, aproveitando a volta às aulas, reiniciou nesta terça (05/08) mais uma sequência de atividades.
Saiba o que rolou nas escolas!
Pela manhã, alunos da Escola Municipal Frederico Eyer, na Cidade de Deus, tiveram um encontro com a escritora Flávia Lins e Silva. Famosa pelos livros Diários de Pilar, ela foi recebida com entusiasmo por cerca de 130 alunos, com idade a partir dos 10 anos.
Na quinta-feira (07/08), foi a vez das turmas da Escola Estadual Luiz Peixoto, em Queimados, se reunirem com o autor Jessé Andarilho. As visitas fazem parte de um circuito que começou em maio e se estende até novembro, com passagens por dez escolas do Rio e da Baixada Fluminense, impactando em torno de 1.700 alunos.
Em um palco montado na quadra esportiva da escola, Flávia conversou sobre seu processo criativo, esclarecendo curiosidades das crianças, que quiseram saber se os personagens eram inspirados em pessoas reais e entender qual seria a sensação de escrever um livro. A resposta de Flávia foi acolhedora: “A sensação é ótima, porque quando eu escrevo eu nunca me sinto só”.
Durante o encontro, o aluno Mycaell da Silva Viana, de 10 anos, compartilhou com os colegas e convidados a sua relação com a leitura e o sonho de um dia ser autor. Com alegria e criatividade, contou como a literatura marca sua infância e revelou um desejo:
“As histórias são tudo para mim. Quando eu era pequeno, já gostava muito de livros. No terceiro ano, acabei criando minha primeira história, que foi muito importante pra mim. Ler e escrever ajudam a gente a sonhar. Meu conselho para as outras crianças é este: continuem sonhando. Um dia quero ser escritor de livro e vou voltar aqui na escola, dar uma entrevista igual a da Flávia, mostrar os meus livros”, disse o menino.
Para a curadora do Bienal nas Escolas , Carolina Sanches, o projeto reforça o compromisso com o incentivo à leitura. “Poder expandir a Bienal para fora daqueles dias do evento e mostrar que a formação leitora é contínua, investindo nas escolas, é algo transformador. Acreditamos que ler é afeto, é abraçar e é isso que estamos fazendo em cada visita. Estamos nas escolas para abrir o diálogo e mostrar que a leitura está no cotidiano”, afirma Carolina, que é jornalista, pedagoga e foi curadora da programação da Bienal do Livro Rio para crianças e adolescentes.

Próxima parada
Nesta quinta-feira será a vez de Jessé Andarilho, referência em literatura periférica, dialogar com os estudantes da rede estadual em Queimados, trazendo suas referências e visão de mundo para a criação das histórias.
Além do bate-papo com os autores, os encontros contam com uma dinâmica interativa em que os alunos compartilham histórias de seus territórios, transformadas em um painel ilustrado por um quadrinista da Inko. Cada escola receberá ainda uma doação de 100 livros selecionados pela curadoria do projeto, fortalecendo suas bibliotecas escolares.
As visitas contam com patrocínio da Light e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, e a parceria inclui ainda as secretarias municipal e estadual de Educação do Rio. Iniciada em maio, esta edição do Bienal nas Escolas já contou com a presença dos autores Otávio Júnior e Thalita Rebouças, que passaram o dia levando conhecimento a estudantes das escolas Estadual Barão do Tinguá, em Nova Iguaçu, e Municipal Capistrano de Abreu, no Jardim Botânico, respectivamente. Até novembro, outros escritores renomados participarão do projeto.
A Bienal do Livro Rio é realizada pela GL Exhibitions e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).
Fonte: Assessoria




