Considerado um romance que abre muitos debates, “Tudo que é sólido desmancha no ar” nos permite refletir mais sobre a humanidade. Afinal, vemos a perspectiva de alguns personagens sobre acidente de Chernobyl, enquanto traça o colapso da União Soviética. Por isso, vamos falar mais de “Tudo que é sólido desmancha no ar”:
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Leitura densa e reflexiva:
Confesso que levei um pouco de tempo para absorver este livro, pois há muita coisa acontecendo e requer alguma concentração para acompanhar todos os personagens em vários locais. Enquanto que eles entram e saem da vida uns dos outros. Junto com um relato das consequências do desastre de Chernobyl em 1986, também acompanhamos a vida de outros cidadãos soviéticos nos anos que antecederam a revolução que destruiu a Cortina de Ferro. Ainda vemos a agitação e o desespero resultantes de uma vida sob um regime que usa táticas de medo para impedir que as pessoas falem a verdade ou lutem contra o sistema. Aliás, entender mais sobre esse evento que marcou a história da humanidade nos permite a refletirmos mais sobre ambição e os perigos que ser humano pode presenciar.
Uma escrita marcante e única:
Por mais que existam outras obras que tocam no assunto, o contexto social trouxe algo mais único. Especialmente, pela escrita de McKeon ser marcante o suficiente para nos transportar em uma época onde tudo estava incerto e perigoso. Mesmo que o final seja um pouco superficial, é possível entender o desejo de injetar alguma positividade e esperança no que, de outra forma, seria uma narrativa sombria. A redenção a ser encontrada nesta história está na maneira como ela mostra que, em meio às circunstâncias mais terríveis e sem esperança.
Conclusão:
Diante de uma narrativa intensa e marcante, “Tudo que é sólido desmancha no ar” veio para apresentar uma perspectiva que não muito comentada. Ainda conta com personagens complexos que tentam achar o sentido da vida em meio ao caos do acidente de Chernobyl. Sem dúvidas, esse é mais um lembrete de que o ser humano pode causar a própria ruína.