Depois do sucesso que foi Caixa de Pássaros”, Josh Malerman segue a mesma receita para Piano Vermelho. Um triller eletrizante que mistura ficção cientifica com um belo suspense.

Quando você acha que já leu de tudo, Malerman vai lá e te joga uma história surpreendente, que te faz olhar para os lados procurando alguém e deduzindo que ele está mexendo com a sua cabeça o que, aparentemente, Josh consegue fazer com maestria.

Em “Piano Vermelho” temos a história de uma investigação de um som estranho que além de causar náuseas, mal-estar e alterações de consciência, está dando interferência nos rádios e armas do exército americano. Depois de duas tentativas para descobrir a origem do som perturbador, o governo norte-americano recruta uma banda de Detroit, os Danes, que já havia servido o exército durante a 1ª e 2ª Guerra Mundial.

A história é narrada em terceira pessoa e intercala os capítulos com o passado, a aventura no deserto de Namíbia e com o presente, a pós descoberta do estranho barulho. Assim como em “Caixa de Pássaros” temos uma leitura que flui não transformando o suspense em algo pesado. Mas tenho que admitir que alguns capítulos foram um pouco… desnecessário digamos assim, porém nada que intimide a leitura. Uma coisa interessante, e que ajuda muito ao longo da leitura, são os capítulos pequenos que vão de 3 a 4 páginas ou até mesmos de meia folha. Isso não deixa a história lenta e arrastada.

O final foi um pouco forçado, digamos assim, mas não foge do estilo do autor de deixar aquele ar de suspense e deixar que o leitor reflita sozinho com seus botões sobre a situação. Malerman consegue entregar exatamente o que a sinopse vende, não de forma clara e evidente, mas no desenrolar da história, com uma mistura poética e musical.

“Ele consegue ouvir notas individuais, um breve acorde, antes que as notas se retraiam de volta para as ondas”.

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O livro “Piano Vermelho” foi publicado no Brasil pela editora Intrínseca que traz a capa com uma textura maravilhosa e uma diagramação deliciosa, principalmente para quem tem toque e não gosta de estragar a lombada do livro. A distância das margens facilita muito até mesmo a leitura. Todos os livros poderiam ser assim!

 

Aproveitando, eu tive a honra de poder entrevistar o autor pelo site Cabana do Leitor. Confira a entrevista!

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