Os Roses: Até que a Morte os separe- O limite entre saudável e caos

Dirigido por Jay Roach, Os Roses: Até Que a Morte os Separe traz uma reflexão ácida entre uma relação saudável e o caos do fim. Estrelado por Olivia Colman e Benedict Cumberbatch, a obra é baseado no livro de Warren Adler e já teve um filme lançado em 1989. Mas, com um lado mais moderno e juntando com a comédia ácida a produção mergulha nas complexidades de um casamento que desmorona. E explorando as tensões entre ambição, identidade e o impacto do sucesso profissional no relacionamento pessoal. Por isso, vamos falar sobre Os Roses: Até Que a Morte os Separe:
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Qual é a proposta do filme?
A trama segue Ivy (Olivia Colman) e Theo (Benedict Cumberbatch), um casal que construiu uma vida aparentemente perfeita, com carreiras sólidas e filhos. No entanto, quando a carreira de Theo entra em declínio e as ambições de Ivy se intensificam, surgem ressentimentos e uma competição velada, levando a uma disputa judicial pela mansão onde viveram.
O filme aborda como a linguagem do amor pode se transformar em provocação e ataque, refletindo sobre a fragilidade dos relacionamentos diante das pressões externas e internas. Além disso, o principal problema do casal é a deterioração de seu relacionamento devido a uma série de ressentimentos acumulados e a falta de comunicação. Roach utiliza o humor para tratar de momentos difíceis, criando uma narrativa que equilibra comédia e drama de forma eficaz.
Mas, qual é o limite entre a felicidade, a inveja e o ódio?

O filme também levanta questões filosóficas sobre os limites entre felicidade, inveja e ódio. À medida que Ivy e Theo se distanciam emocionalmente, suas conquistas individuais se tornam fontes de ressentimento e competição. O que acaba desafiando a ideia de que o sucesso pessoal é sempre positivo em um relacionamento. A inveja surge quando um parceiro sente que o outro está recebendo reconhecimento ou sucesso que deveria ser compartilhado. Enquanto o ódio emerge quando essa inveja se transforma em hostilidade aberta.
Assim, o filme questiona até que ponto a busca pela felicidade individual pode ameaçar a harmonia conjugal e se o amor pode sobreviver quando os limites entre admiração, inveja e ressentimento se tornam indistinguíveis. De fato, o roteiro aborda bem a mistura interna de sentimentos conflitantes. No entanto, eu senti falta de mais tempo em tela de desenvolvimento no ódio puro físico, já que acontece mais para o último ato do longa. Se tive mais 15 minutos, talvez seria o suficiente. Até para o público se entreter e se estagnar com as cenas mais caóticas.
A dupla que eu nem sabia que precisava ter:
Olivia Colman e Benedict Cumberbatch oferecem performances excepcionais, capturando a complexidade emocional de seus personagens. A química entre os dois é palpável, tornando a deterioração de seu relacionamento ainda mais impactante. Enquanto que Olivia lida com obsessão do sucesso e se compensa com mais negócios e projetos, Benedict lida com sua masculinidade fragilizada e tenta resgatar os seus dias de glória (da sua forma).
Enquanto isso, o elenco de apoio, incluindo Andy Samberg, Kate McKinnon e Allison Janney, complementa a narrativa com suas atuações sólidas. Mas, se tem algo que podemos comentar é que a direção de Jay Roach é habilidosa ao equilibrar o tom satírico com momentos de tensão emocional, mantendo o público envolvido na história. O roteiro de McNamara é inteligente e mordaz, proporcionando diálogos memoráveis e cenas que provocam reflexão.
Vale a pena assistir o filme Os Roses: Até Que a Morte os Separe?
Os Roses: Até Que a Morte os Separe é uma comédia dramática que oferece uma visão penetrante sobre os desafios dos relacionamentos modernos. Com atuações brilhantes e uma direção competente, o filme é uma reflexão sobre como o sucesso e a ambição podem afetar as relações pessoais. É uma obra que, apesar de seu tom ácido, ressoa com a realidade de muitos casais contemporâneos.




