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Se você é fã de graphic novel e de uma boa história sinistra, eu preciso te apresentar O Homem Rabiscado de Serge Lehman e Frederik Peeters.

Sobre O Homem Rabiscado

Nessa graphic novel é um conto de fadas sombrio que explora o limite do fantástico, lendas, psicogeografia e diversas outras referências. Aqui, vamos viajar para uma Paris sufocada por uma chuva torrencial em que Maud Couvreur, autora de livros infantis de sucesso, sofre um AVC e é hospitalizada inconsciente. Esse episódio traz à tona um segredo familiar, após um homem misterioso, coberto de penas, bater à porta da autora violentamente exigindo seu dinheiro.

Aos 40 anos de idade, Betty Couvreur vive à sombra de sua mãe, Maud, escritora de livros infantis. Mas durante anos Maud tem estado sob a influência de um chantagista aterrorizante, Max Corbeau. Betty descobre essa situação e se vê lançada em uma busca por suas origens na companhia da própria filha, Clara. Uma viagem de iniciação à terra dos monstros e maravilhas, com um desfecho que apresenta um segredo saído das profundezas do tempo.

Agora que você sabe sobre o que se trata a história e se ainda não se convenceu de que precisar acompanhar Betty e Clara nessa aventura, vem que tenho 5 motivos para ler O Homem Rabiscado.

1. A lenda do Golem

O Homem Rabiscado é uma história sombria e mágica e um dos elementos mais marcantes nesta história é a lenda do Golem, uma figura mística judaica feita de um material inanimado que pode ganhar vida em um ritual divino. Em O homem rabiscado, a lenda inspirou a criação do personagem chantagista e aterrorizante Max Corbeau, peça chave da misteriosa história das mulheres da família Couvreur.

Além da lenda do Golem Serge Lehman também resgata os ecos da resistência francesa, no período da Segunda Guerra Mundial. Ele também adiciona elementos da história da cristianização da Europa e lendas pagãs às referências místicas dessa obra que celebra a arte ancestral de contar histórias.

2. Tudo em preto e branco

Para Frederik Peeters a escolha da paleta preto e branco era óbvia, principalmente pelo período em que se passa a história. Em entrevista ao portal francês Télérama, Peeters explicou que dezembro é um período chuvoso na França, com dias mais escuros, por isso fazia sentido utilizar cores mais escuras. Porém, o autor reforça que outras referências também permearam sua escolha.

Além disso, Lehman e Peeters fizeram O Homem Rabiscado a quatro mãos. Apesar de o argumento central ser de Serge Lehman, Peeters deu seu toque especial em muitos pontos da história e trouxe para as páginas uma fluidez gráfica inspirada nos mangás. Todos os elementos foram pensados pelos autores para provocar no leitor a tensão característica de um bom thriller. O resultado é uma graphic novel instigante, com cenas de arrepiar os fios dos braços e personagens marcantes.

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3. Uma Paris chuvosa

A escolha do período em que a trama foi desenvolvida também não foi por acaso! Ao ser questionado pelo portal TéléramaSerge Lehman explicou os motivos para essa escolha. De acordo com o autor, os dias chuvosos característicos das cenas de O homem rabiscado foram pensados para demonstrar que o único elemento natural e incontrolável em Paris é a chuva.

“Queríamos brincar com coisas profundas, orgânicas e biológicas. Os elementos, a presença física de chuva, umidade, neblina, frio e depois neve. Nesta história, os contos ainda governam a realidade humana sem que ninguém saiba. A chuva incessante é a primeira manifestação visual dessa teia invisível”, afirmou Serge Lehman

4. Mais sobre Psicogeografia

Outro elemento presente em O homem rabiscado é a psicogeografia, termo definido pelo pensador francês Guy Debord, em 1955, para tratar dos efeitos que o ambiente geográfico opera sobre as emoções e o comportamento dos indivíduos. Trazê-los para a trama foi uma solução encontrada por Serge Lehman para não transformá-la em uma ficção científica, ao mesmo tempo em que reforça sua relação com a história de Paris. Para ele, a psicogeografia deu mais profundidade a história de um lugar, enriqueceu a percepção dos lugares.

5. Um conto de fadas sombrio

Depois de todas os motivos já citados anteriormente, é sempre bom deixar claro o quanto O Homem Rabiscado foi pensado para causar uma certa agonia e inquetação para os leitores. Assim como um bom thriller, Serge Lehman e Frederik Peeters trouxeram para essa história todos os elementos que um bom leitor de contos sombrios vai amar.

E aí, vamos começar essa leitura?

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