Morramos ao menos no porto: O vencedor do Prêmio Literário José Saramago 2024

Chega às livrarias pela Biblioteca Azul, o romance Morramos ao menos no porto, vencedor do Prêmio Literário José Saramago 2024. Aclamada pelo júri do mais importante prêmio da literatura em língua portuguesa, a obra se debruça, com rara delicadeza, sobre a lenta erosão do corpo, da memória e dos afetos. Por isso, vamos falar mais sobre Morramos ao menos no porto:
Sinopse:
Na cadeira de balanço, entre o guarda da madeira e o tique-taque implacável do relógio, António assiste aos dias se acumularem como poeira — enquanto zela pelo corpo da esposa sem vida como se ela ainda respirasse. Dentro do pequeno apartamento onde viveram por vinte e cinco anos, cada gesto cotidiano — limpar, alimentar, cuidar — transforma-se em ritual de negação e lembrança, enquanto lá fora a vida pulsa com a vulgaridade e o barulho de uma rua próxima ao porto.
O autor português Francisco Mota Saraiva construiu um mosaico pungente de solidão, cumplicidade e amor em durabilidade. Entre os cheiros fortes, os filhos abafados e a vizinhança decadente, emerge uma prosa que é, ao mesmo tempo, brutal e terna — um retrato implacável do que resta quando tudo o que se tem é o que se foi.
Quem é o autor?
Francisco Mota Saraiva nasceu em Coimbra, em 1988. Formou-se em Direito pela Universidade Nova de Lisboa e é mestre em Direito e Gestão pela Nova School of Business and Economics. Aqui onde canto e ardo foi o seu primeiro romance, vencedor do Prêmio Revelação Agustina Bessa-Luís, em 2023. Com Morramos ao menos no porto venceu o Prêmio Literário José Saramago de 2024.
O que esperar do livro Morramos ao menos no porto?
De fato, Morramos ao menos no porto é um convite para acompanhar a passagem do tempo quando o tempo já não consola, um romance que ecoa muito depois de virar a última página. Com uma prosa ao mesmo tempo brutal e arrebatadora, o autor constrói um retrato implacável da solidão, da cumplicidade e do amor em decomposição. O resultado é um romance atmosférico, pungente e de grande densidade literária, que se inscreve na tradição de obras que exploram os limites da sobrevivência íntima diante da perda.




