Depois de anos de espera, vamos comentar como “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” ultrapassa as barreiras da jornada pessoal. Afinal, Miles Morales veio para mostrar que ele não é somente mais um heroí teioso. Portanto, vamos falar tudo sobre “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”:
Veja também: Quais versões do Homem-Aranha aparecem em “Através do Aranhaverso”?
Questionando o que é ser um heroí:
De fato, Miles Morales retorna mais maduro e confiante em “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”. Mas, é a própria realidade da rotina de vigilante que chega para testar se ele tem mesmo o que é preciso para carregar o nome de Homem-Aranha. Tanto que vemos a perspectiva de Gwen Stacy em seu universo, filosofando sobre assumir o manto. Em seguida, o início da Sociedade Aranha que fiscaliza a integridade do multiverso. Essa integridade está a perigo a partir do momento em que voltamos para o Brooklyn da realidade 1610 e descobrimos que o vilão da semana de Miles pode se tornar uma ameaça maior a todo o multiverso.
Ao equilibrar todas essas histórias, vemos a clássica trajetória de sempre considerar os principais valores do heroí. No entanto, ficamos extramente conectados com o protagonista, que ainda tenta lidar com seus dilemas pessoais e sua identidade secreta. Mas, mostra que pode ser mais do que imagina, questionando a própria natureza repetitiva das jornadas de sacrifício de super-heróis. Tudo isso torna a experiência mais pessoal e sai um pouco do que já assistimos nas obras anteriores. Com toda a certeza, o roteiro da mesma trinca original formada por Phil Lord, Christopher Miller e Dave Callaham, conseguiu apresentar essa aventura.
Um estilo de animação surreal:
Agora, para dar conta de tantos personagens na tela, o filme se desafia a ser um novo marco no mundo das animações. As várias versões do Homem-Aranha ganham texturas e cores alinhadas aos gibis. Além de traços que remetem a desenhistas específicos, um easter egg para os fãs mais atentos. Também, às épocas em que eles vivem, o que inclui também brincadeiras de metalinguagem.
Consequentemente, cada universo replica essas especificidades nos cenários, o que torna o filme um enorme objeto mutável a cada instante. Adaptar-se a essa modulação durante 2h16 exige engajamento do espectador. E Sempre depois de cenas com toda a poluição visual dos infinitos Aranhas, temos momentos de calmaria para dar um merecido descanso aos olhos;
Afinal, a continuação é boa?
Repetindo os acertos do primeiro filme, “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”expande seu universo ao limite e traz uma história pé no chão mesmo em meio à desordem característica de histórias multiversais. Diante de um visual digno de aplausos, vemos uma obra que questiona, diverte e faz presença. Até porque a ênfase não está em ser um apenas mais uma aventura de heróis, mas algo com peso e focado em seus personagens. E tudo isso está na profundidade certa.