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Enola Holmes 2: O amadurecimento da detetive

Após um tempo sem grandes notícias da produção, está no ar “Enola Holmes 2”, a continuação da vida da caçula da Família Holmes. Lançado em 2020, parecia que seria mais um filme esquecível da Netflix. Mas a produção acabou se firmando como uma grata surpresa por uma história divertida movida pelo potencial do seu elenco. Agora, a obra chega com uma narrativa que surpreende por muitas reviravoltas e sem perder o foco de entreter o seu público. Por isso, vamos ver mais de “Enola Holmes 2”:

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Um mistério com fundo de representatividade:

Confira tudo sobre "Enola Holmes 2"

Novamente dirigido por Harry Bradbeer e escrito por Jack Thorne, o longa expande a família Holmes, mas sem esquecer que a protagonista é Enola. Acompanhamos a garota nos seus primeiros passos como detetive, ainda verde para algumas situações, mas que consegue se sobressair mesmo sob a sombra do irmão famoso. “Enola Holmes 2” tem como pano de fundo a história real sobre a fábrica de fósforos com uma jovem chamada Sarah Chapman desaparecida, motivando a chegada detetive.

O roteiro foca em como as mulheres eram subestimadas na sociedade da época. Não por acaso, tirando Sherlock, as mulheres são o centro da história e invertem os papeis. Por exemplo, Tewkesbury  ensina Enola a dançar, enquanto a garota ensina o rapaz a lutar. Apesar de lidar com temas mais sérios, é um longa para o público jovem e aposta no carisma de Millie Bobby Brown, mais uma vez bem a vontade no papel. Quebrando por diversas a quarta parede, a atriz só exagera um pouco nas caras e bocas de frente a câmera, mas nada que prejudique a narrativa. E atriz desempenha uma ótima sintonia com Henry Cavill, que ganha mais espaço no papel de Sherlock.

Uma detetive mais humana:

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Quando chegou na Netflix, Enola Holmes tentou encontrar um jeito de aliviar a superficialidade de que todos os detetives precisam ser totalmente diferentes da nossa realidade. Tanto que a a protagonista ganha uma rede de contatos fixos que não só a ajudariam no processo de investigação, mas também serviriam para fazer com que ela tivesse impulsos emocionais. Desde a admiração pela mãe Eudoria, a rivalidade com o irmão Sherlock e até mesmo a pequena tensão romântica com Tewkesbury. Essa era a rede que mantinha Enola mais interessante que uma simples investigadora adolescente. Natural, então, que isso fosse se expandir com a continuação.

Mesmo que o filme apresente alguns defeitos, como o fato de utilizar os mesmos elementos que marcaram o seu antecessor, é interessante notar que Enola ainda tem muito a aprender sobre a vida. E vai adquirindo experiência em pequenos detalhes com Sherlock. Percebendo que a irmã é uma futura grande detetive, Sherlock apenas vai apontando o caminho para a jovem irmã.

Conclusão:

Portanto, com mais de 2h de duração, “Enola Holmes 2” é frenético e mantém um ritmo intenso até seu ato final. Diante de muitas surpresas, como a revelação do seu antagonista, o longa potencializa o universo da família Holmes e se firma como uma das franquias mais divertidas da Netflix. Com toda a certeza, o caminho é certo.