Então, precisamos falar sobre August Pullman e sua história extraordinária.
Quando nasceu, a família de Auggie descobriu que ele tinha uma doença genética que deixou seu rosto deformado. Devido a isso, várias cirurgias foram realizadas, sendo internado inúmeras vezes e, além disso, nunca foi à escola. Até que aos 10 anos, Auggie e seus pais resolveram mudar um pouco essa história e transformá-la em algo Extraordinário. Assim que entra no colégio, vemos a evolução de Auggie, de como estava apavorado com a maneira que os outros o tratariam até a sua maturidade e coragem florescerem.
Li Extraordinário, escrito por R.J. Palacio, pela primeira vez em 2014, quando ele ainda não era tão famoso e reconhecido, e ele simplesmente tornou-se o meu segundo livro favorito da vida. Eu lembro que o li muito rápido e chorei horrores com o pequeno Auggie, no qual eu aprendi muito mais sobre mim mesma e também a não julgar alguém sem saber sua história. As pessoas podem ser boas, mas precisamos permitir que elas entrem em nossas vidas.
A leitura é envolvente, cativante e simples, mas transforma nossas vidas por completo, através da perspectiva de Auggie e de alguns dos personagens recorrentes da história. Só me incomodou um pouco a edição da capa azul, na editora Intrínseca, que teve alguns erros de português, mas que não estragam a história.
A autora escreveu o livro após um incidente onde ela e seu filho, então com três anos de idade, estavam em uma fila para comprar sorvete. O pequeno viu uma menina com deformidades faciais e começou a chorar. Tentando controlar a situação, ela tentou ir para longe com ela e não chatear a menina ou a família dela, mas isto acabou piorando a situação. Após ouvir a canção “Wonder“, de Natalie Merchant, ela se deu conta de que o incidente poderia ensinar uma lição à sociedade e assim começou a escrever o livro, que leva o nome da canção. O refrão da música é usado como prólogo do primeiro capítulo.
Resumindo, Extraordinário é um livro que todo mundo deveria ler pelo menos uma vez e deveria tornar-se um clássico inesquecível. É um lembrete para que nunca nos esquecermos de quem nós somos e como devemos tratar os outros, pois quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil.