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Control Z é a nova série da Netflix que entrou na plataforma dia 22 de maio de 2020 e já ocupa o TOP 10 de séries assistidas na plataforma de streaming. Com 8 episódios bem curtos e rápidos de serem assistidos, Control Z promete nos dar uma trama cheia de suspense, drama e investigação, mas infelizmente na prática não foi bem isso que foi encontrado.

A série mexicana acompanha Sofia, uma jovem anti social e observadora que aparenta enxergar além e estar sempre atenta a pequenos detalhes que, para outros, poderiam passar despercebidos. Sua vida vira de cabeça para baixo quando um hacker ameaça expor – e, em seguida, expõe de fato – os podres de um grupo de alunos da escola. Sofia então luta para descobrir o verdadeiro culpado antes que ele revele ainda mais segredos, inclusive o seu.

Control Z te prende já no primeiro episódio por apresentar essa trama e aguçar a necessidade de saber quem está por trás desse crime virtual. A vontade de descobrir quem hackeou os celulares e submeteu essas pessoas ao ridículo na frente de toda escola faz com que sua atenção fique presa. Além disso, os episódios curtos ajudam muito nesse sentido. 

Mas é aí que a decepção acontece

Com uma classificação etária de +18 anos faz sentido que a série aborde temas mais sensíveis e pesados. Entretanto, a forma como isso nos é apresentado é de extrema irresponsabilidade. Control Z não é uma série madura. Não é uma série que te ensina algo. É uma série que submete personagens à violência explícita, drogas, bullying, porte de arma, homofobia, transfobia, auto mutilação, humilhação, traição, injustiça e exposição. É uma série infestada de gatilhos, que mostra como chantagem funciona bem e como quem tem dinheiro está acima de outras pessoas, se safando de toda e qualquer consequência de seus atos. Perde-se a conta de quantos crimes são abordados. O que me chamou atenção foi que racismo ficou de fora; mas deve ser porque não há nenhum negro na série (nem coadjuvante!).

O mistério é óbvio. As pistas são óbvias. Fica claro que os episódios estão te levando para o caminho que eles querem. Te fazendo suspeitar de quem eles querem, para então ter uma grande reviravolta. Mas a reviravolta não é surpreendente, você apenas fica ali esperando acontecer o que já sabe. Além de ser chocante você ver adolescentes sem nenhum limite e com a impressão que os – poucos – pais/adultos que têm na série não estão ali para educar ninguém nem servir como autoridade.

Control Z é para maiores de idade, porém o público acima dos 18 anos pode não comprar a ideia da trama por ter maturidade o suficiente para entender o quanto aquilo tudo é errado e irreal. Control Z possui personagens no colégio, menores de idade, fazendo coisas que pessoas reais, na mesma idade, não podem assistir.

 

O que sabemos sobre uma continuação?

O último episódio termina com um bom gancho para uma sequência, mas cabe saber se a Netflix irá reparar os erros que cometeu nessa primeira temporada.
Ademais, é sempre importante que cada um tire sua própria conclusão, mas lembrando da classificação indicativa. Só fiquem atentos, pois vão se deparar com inúmeras cenas explícitas de conteúdo extremamente sensível.

Assista abaixo o trailer da primeira temporada:

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