Mesmo com inúmeras polêmicas, Disney lançou recentemente sua adaptação em live-action de Branca de Neve, com Rachel Zegler e Gal Gadot. Aliás, veio reimaginar o clássico de 1937, incorporando elementos modernos à narrativa tradicional. Mas, será que funciona? Vamos ver comentando mais de Branca de Neve:
Sim, Rachel Zegler é a melhor parte do filme
Rachel Zegler entrega uma performance cativante como Branca de Neve, trazendo profundidade e uma presença encantadora à personagem. Além de uma voz linda, a atroz conseguiu misturar clássico com modernidade. O que normalmente é esperado de um live-action. Tem um detalhe que vale a pena comentar: a princesa não tem como objetivo primordial encontrar o amor, mas, ainda assim, é bem-vindo vindo o parceiro que se une a ela e que, com tempo para desenvolver seus objetivos em comum, se torna também um interesse romântico. À medida que a história se desenrola, surge a vontade de torcer pelo final feliz dos dois.
Por outro lado, a atuação de Gal Gadot como a Rainha Má foi (com toda a sinceridade) péssima, desde a música até a índole. Quando relembramos da personagem, existe uma mistura de medo, empoderamento com obssesão pela beleza que marcou uma geração. Mas, Gal só trouxe superficialidade e esqueceu da intensidade na vilania. Sem contar que o figurino também não ajudou tanto.
Os anões de CGI
Agora, vamos falar do CGI, um dos tópicos pôlemicos. Visualmente, o filme apresenta uma estética deslumbrante, com cenários e figurinos que remetem ao conto de fadas original. No entanto, há também a questão dos Sete Anões. Quando o filme foi anunciado, as dúvidas sobre como os personagens seriam representados em tela levantou uma discussão que se ampliou com uma declaração de Peter Dinklage, o Tyrion de Game of Thrones, sobre o assunto. Em entrevista ao WTF Podcast, o ator se disse surpreso com a ideia do remake de forma geral. “É uma história sobre sete homens anões vivendo juntos em uma caverna”, disse.
Pois bem, a Disney respondeu dizendo que haveria uma “abordagem diferente” em relação aos Sete Anões e que membros da comunidade de pessoas com nanismo estavam envolvidos na consultoria. No longa, os personagens são feitos com computação gráfica, o que causa certa estranheza ao olhar pelo fato de eles estarem em cena durante muito tempo. De fato, há uma justificativa mais “lúdica” sobre quem eles são, como se estivessem inseridos mais em uma parte mágica do universo da Branca de Neve do que no mundo “humano” propriamente dito.
Mas, tem algo realmente novo?
Ao final da sessão, Branca de Neve deixa poucas sensações: ainda que tenha boas passagens em algumas das canções originais e nas soluções para atualizar algumas das ideias do conto original, não tem tanto a acrescentar para quem espera se surpreender com a modernização de uma obra tão icônica. O apelo nostálgico em seu estado mais puro – que é só aquela vontade de ver de novo uma história que você já sabe como termina. Porém, ainda se torna um filme válido de se assistir.
Vale a pena assistir Branca de Neve?
O live-action de Branca de Neve apresenta uma mistura de acertos e equívocos. A atuação de Rachel Zegler e os aspectos visuais são pontos positivos, mas o filme tropeça em sua tentativa de equilibrar modernidade e fidelidade ao original. Para os fãs da animação clássica, esta adaptação pode não oferecer a mesma magia, mas ainda assim proporciona momentos de encanto e nostalgia.