A Barraca do Beijo 3 já está no ar, na Netflix, e temos muito o que conversar sobre o último capítulo da trilogia. O ano era 2018 e as comédias românticas estavam meio abandonadas pelos grandes estúdios. No entanto, a Netflix se encontra com um sucesso inesperado nas mãos. Sim, baseado no livro de Beth Reekles. Logo, as continuações foram inevitáveis. Mas, três anos depois, chegou a hora de dizer adeus para essa história. Porém, o encerramento é realmente bom?!
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Pontos levemente positivos:
Em primeiro lugar, preciso responder a pergunta que está no título e na finalização do primeiro parágrafo. De maneira geral, não é bom. Porém, não é o pior de todos e prometo que irei explicar tudo. Vamos começar com os acertos do filme. Dentre eles, temos momentos divertidos como a corrida de kart e a sequência legal do flash mob ao som de “Shut Up and Dance” da banda Walk the Moon.
Além disso, temos um momento bem interessante no final sobre a dificuldade de dizer adeus para a vida nostálgica e abraçar a fase adulta de sua vida. Incluindo que temos, finalmente, um posicionamento na trama da Elle. Apesar de durar 10 minutos, foi inédito analisar a coragem dela para tomar as decisões da vida dela. Porém, não salvou completamente a produção. Especialmente pelo fato de estar sempre voltando para a mesma zona de conforto.
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Por que incomoda tanto?!
Ao invés de trazer objetividade e direção as questões abordas nos demais filmes, “A Barraca do Beijo 3” apresenta diversas subtramas para tentar preencher o tempo. Primeiramente, em a questão da faculdade, ai volta o triângulo amoroso com Marco e chega Chloe com sua própria história. Elle arruma um emprego, tem um problema inesperado com a família dela também e a mãe de Noah e Lee ganha seu momento pra brilhar. A sensação que transmite é um conjunto de cenas parecidas com clipes de música em torno de um conto romântico. Tudo isso era simples de resolver, mas passaram batidos.
O problema é que essa quantidade absurda de informação, adicionada com a imaturidade de seus protagonistas, é extremamente repetitivo. Como se quase fosse uma marca registrada e nem houve construção natural da a evolução dos personagens. Afinal, as questões que os cercam tem a mesma base e, simplesmente, são resolvidos em pouco tempo de tela. Especificamente, quando o filme está sendo finalizado. De resto, ainda sobra uma hora e dez minutos de duração do longa. Para quê? Para confusões simplistas de verão e diversas discussões de personagens imaturos que parecem ter 8 anos ao invés de 18.
Conclusão:
Portanto, “A Barraca do Beijo 3” é uma montanha-russa que não para em lugar nenhum. Com assuntos não acabados e o mesmo modelo de base. Porém, não considero um desastre total. Entre despedidas, desconfianças e muito ciúme desnecessário, tenta falar sobre esse momento de virada. Afinal não se “vira adulto” do dia para o outro. Por mais previsível que seja, é legal levar esse tema para os mais jovens. Aliás, é um assunto que poderia até acrescentado para a produção. Mas, não passou muito além do que foi demostrado. E assim enceramos a saga de “A Barraca do Beijo”.
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