Através de assuntos como amor, amizade, perdas e recomeços, “A Ilha no fim de Tudo” tem tudo para ser um ato de transformação. Afinal, a história de Ami vai além do que espera. Pois não se trata apenas de uma aventura pelo desconhecido. E sim, de uma nova perspectiva sobre a vida. Sem esquecer de mencionar a sensibilidade e delicadeza da escrita da autora. Por isso, vamos falar um pouco de tudo sobre “A Ilha no fim de Tudo”:
Com relação a história:
Lançada pela Jangada, aqui temos uma história vista pelos olhos de uma criança. Ami é doce e gentil e ajuda a mãe doente com muita dedicação, mesmo que isso a faça não ter muitos amigos. Apesar das circunstâncias, ela e a mãe vivem bem na Ilha de Culion. Mas com a chegada do Sr. Zamora, um representante do governo, tudo muda. Ele quer transformar a ilha em uma colônia de leprosos e mandar as crianças saudáveis para um orfanato do outro lado do mar.
Primeiramente, preciso comentar o quanto odiei o Sr. Zamora com todas as minhas forças. Além de ser extremamente cruel, vive em uma bolha e não procura entender nada que esteja fora da sua concepção.Porém, o que realmente conquistou foi , com toda a certeza, a protagonista.
A história de Ami vai muito além do que a qualquer um possa imaginar ao ler a sinopse. Por isso, eu já adianto que foi uma leitura que me arrancou algumas lágrimas e encheu meu coração de ternura e esperança. Ami é uma menina determinada, sonhadora e que apesar de ser apenas uma criança, mostra o quanto a coragem é importante em momentos tão difíceis. Os personagens secundários são um presente a parte, me apaixonei por eles e por sua amizade e união.
A Ilha no fim de tudo é baseado em eventos reais?!
A Ilha no fim de tudo é uma leitura leve e tocante, narrado sob a perspectiva de uma criança. A escrita nos coloca dentro da história de maneira tão clara, parece que estamos nos lugares descritos por ela. Incluindo que cada página fluiu demais e terminei com lágrimas nos olhos.
A trama é fictícia sim, mas é baseado em fatos reais. Já que Kiran Millwood Hargrave se inspirou em uma ilha que existiu entre 1906 e 1998 e serviu de colônia para pessoas que contraíram Lepra. Milhares de pessoas tiveram suas vidas dilaceradas por causa do medo e preconceito daquela época. Aliás, ela traz a conscientização sobre a hanseníase, no qual antigamente era conhecida como lepra. No entanto, ela teve muita sensibilidade ao abordar o assunto e pesquisou bem antes de escrever sobre.
Conclusão:
Portanto, a Ilha no fim de tudo é uma leitura que vale a pena. Uma trama tocante com um fato histórico pouco conhecido. Quando comecei a leitura eu não imaginava que iria emergir em uma história repleta de sentimentos. E o fato de ser contada sob a perspectiva de uma garotinha, foi o que tornou a experiência excepcional. Bem como mostra o poder do amor, das amizades e de se olhar para outro além de sua condição física ou de saúde.