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Ao longo da história, diversos mexicanos ficaram famosos no mundo do cinema, mas eles estão cada vez mais presentes e mais poderosos. Se antigamente havia Anthony Quinn, Cantinflas e Buñuel, hoje não faltam, entre atores, Gael García Bernal, Salma Hayek e Demián Bichir; ou entre diretores, os três amigos Alfonso Cuarón, Guillermo del Toro e Alejandro González Iñárritu; ou entre diretores de outras funções, o diretor de fotografia Emmanuel Lubezki, por exemplo, vencedor dos dois Oscars.Ou seja, não é novidade que o país possua obras importantes e que marcam a história. Sendo assim, veremos cinco deles tem essa importância na indústria cinematográfica:
1.O crime do Padre Amaro (2002)
Estrelado por Gael García Bernal, a adaptação da obra homônima do português Eça de Queirós, de 1875, tornou-se a maior bilheteria mexicana de uma produção nacional, com 16 milhões de dólares arrecadados, e assim ficou por 11 anos, até ser passado pela comédia “Não aceitamos devoluções” e também é a quinta maior bilheteria de uma produção mexicana nos Estados Unidos. A recepção da crítica foi morna, mas conseguiu uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e ganhou 9 prêmios Ariel, o prêmio da academia mexicana de filme. Na história, Amaro é um jovem sacerdote de 24 anos que chega à igreja de uma cidade para ajudar o Padre Benito nos serviços paroquianos. Com o tempo, Amaro começa um relacionamento amoroso com uma garota de 16 anos chamada Amélia, e percebe que seu superior recebe ajuda de traficantes da região.
2.Não aceitamos devoluções (2013)
Essa comédia dramática não só quebrou o recorde de Los Nobles: Quando os Ricos Quebram a Cara (Nosotros los nobles, 2013) como maior bilheteria de um filme nacional no México, mas também tornou-se o longa falado em espanhol com a melhor bilheteria em solo estadunidense na história, sendo mais de 99 milhões de dólares arrecadados pelo mundo. Eugenio Debrez escreveu, dirigiu e protagonizou a história de um homem que criou uma filha deixada em sua porta 6 anos atrás e agora vê sua família ameaçada quando a mãe biológica dela reaparece. A pequena Loreto Peralta, como a tal filha, ganhou um prêmio no Young Artist Awards.
3.Os Esquecidos (1950)
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Nos subúrbios da Cidade do México um grupo de jovens delinqüentes passa os dias cometendo pequenos roubos. Um fugitivo de um reformatório, Jaibo (Roberto Cobo), por ser mais velho e experiente se torna o líder natural deles. Um dia, na companhia de Pedro (Alfonso Mejía), Jaibo se descontrola e espanca Julian (Javier Amézcua) até a morte, pois supostamente este o teria delatado. Pedro, que tem uma grande necessidade de carinho materno mas é ignorado por sua mãe (Estela Inda), carrega um sentimento de culpa por se considerar cúmplice de Jaibo, que se comporta como se nada tivesse acontecido. Jaibo ainda tenta seduzir a mãe de Pedro, que não lhe dá nenhuma abertura, fazendo com que o confronto entre Jaibo e Pedro seja algo inevitável. O filme ganhou o prêmio de Melhor Diretor, em Cannes. Teve críticas em seu país devido à exposição da pobreza e do crime mexicano.
4.E sua Mãe também(2001)
Alfonso Cuarón já havia dirigido duas produções em Hollywood, A Princesinha (The Little Princess, 1995) – inclusive, indicado a 2 Oscars – e Grandes Esperanças (Great Expectations, 1998), quando voltou ao México para E Sua Mãe Também, filme que lhe deu respeito para que comandasse grandes produções como Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (Harry Potter and the Prisoner of Azkaban, 2004), Filhos da Esperança (2006) e Gravidade (2013), finalmente conquistando público, crítica e Oscars. Seu segundo longa em terra natal – após Sólo com tu pareja (1991) – foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, ao Oscar de Melhor Roteiro Original e ganhou dois prêmios no Festival de Veneza – Melhor Roteiro e Melhor Ator, para Gael García Bernal, que divide o filme com Diego Luna e Maribel Verdú. Escrito por Alfonso e seu irmão, Carlos Cuarón, a obra conta a história de dois adolescentes e uma atraente mulher mais velha que embarcam numa viagem e aprendem algumas coisas sobre a vida, como amizade e sexo.
5.Como água para chocolate(1992)
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Um casal se apaixona, mas a mulher não pode se casar por conta de uma tradição local, que manda que ela cuide de sua mãe. Dirigido por Alfonso Arau, o drama romântico fez um incrível sucesso quando lançado. Foi a maior bilheteria estadunidense de um filme falado em espanhol, à época; ganhou 10 prêmios Ariel; ganhou 3 Kikitos no Festival de Gramado – Melhor Atriz, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Filme pelo Júri Popular; e foi indicado a diversos prêmios internacionais, incluindo ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.A obra ainda conta com a fotografia de Emmanuel Lubezki.