Re:mind é uma série japonesa produzida pela TV Tokyo em associação com a Netflix, e como esperado, não decepciona. A história gira em torno de 11 meninas, estudantes do Ensino Médio e prestes a se formarem, que são sequestradas e acordam em uma grande mesa de jantar. O detalhe é que ninguém sabe como chegaram lá ou quem as levou para lá. O fato é que suas vidas estão em jogo.
A série já começa na sala de jantar com umas delas acordando, nos convidando a embarcar no mistério. Aliás, a trama não nos dá nenhuma informação prévia. Tudo que as meninas descobrem nós ficamos sabendo junto. Ninguém sabe mais do que o outro. Essa é a chave para se apegar ao show, pois ao longo da série vamos descobrindo juntos o que cada uma esconde e o motivo que as levaram até aquele momento. É como um quebra-cabeça onde as peças vão se encaixando. Os segredos fazem sentido e se entrelaçam de uma forma surpreendente.
+ 5 DORAMAS DE SUSPENSE E TERROR PARA ASSISTIR
Tudo gira em torno de um livro chamado “I Guess Everything Reminds You of Something”. A série legendou para “Tudo que você olha te faz lembrar de alguma coisa”. E, realmente, tudo presente no cenário de série tem alguma referência à algum acontecimento da vida delas. Isso é constantemente citado durante todo Re:Mind.
Re:Mind é uma mistura de Pretty Little Liars com uma versão light de Jogos Mortais, pois envolve terror psicológico junto com ameaças e enigmas de alguém que ninguém sabe quem é. Ela começa como um terror, até que o drama entra e os dois gêneros se misturam. Entregando assim algo realmente inesperado. Podemos considerar mais um suspense com um toque de drama.
Opinião
A atuação das estudantes não é a das melhores, mas aos poucos, acabamos nos envolvendo com as personagens e o que cada uma esconde. O enredo te prende e você quer saber sim quem é a mente por trás de toda essa tortura. Apesar de uma reviravolta surpreendente no final, ele fica aberto para diversas interpretações sobre o que, de fato, aconteceu com as estudantes.
Se for para citar pontos negativos da série, seria a trilha sonora, que traz para determinada cena mais terror do que ela necessariamente pede. Analisando bem, o terror propriamente dito estava na trilha sonora um pouco mais obscura e nos ruídos dos objetos. A música de abertura mostrava-se, pela sua melodia, um pouco mais tendendo para o terror do que a série vendia. Entretanto, no último episódio é que se percebe o quão assustador de fato é essa música. Já o final, que apesar de trazer um culpado surpreendente, deixa margem para inúmeras interpretações.
Porém, apesar de todo drama, terror e suspense, a mensagem que Re:Mind passa é: Tudo tem volta. É a lei do retorno, ou seja, toda ação gera uma consequência. Além de trazer um questionamento: O que é justiça? O que é certo e o que é errado? A minha justiça pode não ser a mesma justiça para você e é essa a grande sacada de toda a trama, que nos faz refletir sobre o que consideramos ser certo, o que escondemos e como nos sentimos protegidos atrás de uma tela de computador ou de celular, e o que isso pode impactar na vida do outro. É uma reflexão e tanto que a série deixa na mente de quem assiste.