Já passamos por janeiro e fevereiro e começamos a deduzir que A Garota do Calendário é uma série cheia de cenas quentes, bem quentes. Mas quando chega em março as coisas mudam um pouco e isso deixa a história ainda mais envolvente.
Em março, Mia vai para Chicago se passar por noiva do empresário de um dos restaurantes mais chiques da cidade. O nome do bonitão da vez é Anthony Fasano. Cobiçado por todas as mulheres, Anthony evita ao máximo a exposição de sua vida pessoal, mas agora ele sofre a pressão de ter que se casar logo e arrumar herdeiros. Não tem como não se apaixonar por ele, e Mia é claro que acaba caindo nos encantos do rapaz, mas algo não está certo. Existe algum segredo que Anthony não quer falar.
Nesse terceiro livro encontramos uma história bem diferente do que estamos acostumados dos dois livros anteriores. A leitura é bem envolvente e não tão pesada quanto fevereiro, que a cada página era uma cena de sexo. Não que não tenha, afinal é uma história em que a protagonista é acompanhante de luxo e fará qualquer coisa para conseguir o dinheiro e salvar a vida do pai.
Março tem uma história muito fofa de amor, preconceito, aceitação e questões familiares. Já se pode imaginar como é a história, né? É um livro rápido, porém passa e nem percebemos, pois tudo é tão singelo, se assim podemos, dizer que nos envolvemos com tudo e ficamos sempre na torcida. E o melhor, temos a visita de um personagem que amamos e esperamos por esse momento a cada página. É muito legal ler essa interação entre personagens e mostra que eles são mais do que um mês.
É nesse terceiro livro que percebemos que mesmo com a situação da Mia sendo a principal, ela não é necessariamente o centro das atenções em todos os livros. Audrey Carlan nos presenteia com personagens deliciosos e em poucas páginas a autora consegue desenvolver muito bem esses novos personagens que ficamos nos perguntando: Cadê eles na vida real para sermos bff? São tantos personagens maravilhosos em março que fica até difícil dar tchau para eles.
Óbvio que ainda assim é uma leitura bem superficial, ela não vai agregar lá muitas coisas na sua cabeça, talvez traga algumas reflexões sobre o que é o amor e todas as formas de amor. Mas ainda é um livro com diálogos curtos e fracos. Não desmerecendo o livro, afinal é impossível, como falei no parágrafo anterior, não se apegar nos personagens.
É a partir dessa visão que a história cresce muito além da principal e isso é bom, pois temos uma série longa que não fica presa no mesmo tipo de enredo, e também que a situação amorosa de Mia não é a principal. Cada um ama o que quer. Março vem para desconstruir um pouco o olhar pejorativo que existe sobre a série. E como ele cumpre esse papel? Perfeitamente!