Seguindo a tendência de transformar um vilão em anti-herói, a Sony percebeu em Venom a chance de seguir esse caminho, além de poder explorar o universo do Homem Aranha, já que o aracnídeo foi para a Marvel Studios após o fracasso do
“O Espetacular Homem Aranha”.
Para viver o, agora, herói Eddie Brock, Tom Hardy foi escolhido e após os trailers, a incerteza pairou sobre a película. As primeiras impressões não foram boas ao ponto de compararem com “Mulher Gato”, considerado um dos piores filmes do gênero.
A história começa ao mostrar o jornalista Brock, tentando conseguir respostas com o grande vilão e dono de uma grande corporação, Carlton Drake, que faz experimentos com humanos e agora quer desenvolver seu império para o espaço. O conflito entre os dois causa a demissão de Eddie, trazendo consequências em sua vida pessoal.
Houve um certo exagero ao comparar com péssimos filmes, mas o maior problema do filme é ser datado. Parece ter sido feito no começo dos anos 2000, em quem ninguém pensava no potencial dessas histórias. O roteiro vai seguindo a cartilha dos longas que apresentam o herói e se torna óbvio, ao ponto de olhar um personagem e o espectador já saber qual será o seu fim. Além das atuações dos atores serem pobres, ao parecer que apenas o protagonista se esforça para entregar um trabalho regular, apesar do texto não aprofundar a relação de ninguém, muito menos na ligação Eddie e simbionte.
Nos momentos que tenta fazer isso, acaba constrangendo ao criar um péssimo triângulo amoroso entre os dois e a ex-namorada, Anne Weying (Michelle Williams).
Os efeitos especiais e as lutas, que poderiam salvar o filme, acabam não fazendo diferença, ao ponto de uma cena parecer o filme do “Crepúsculo” em que Edward pula pelas árvores. Em muitos momentos as cenas ficam confusas e de difícil entendimento, com os personagens em ambientes muito escuros para poder facilitar o CGI.
Ainda assim, nos Estados Unidos, o filme tem feito sucesso ao arrecadar 80 Milhões de dólares. Mostrando que vale a pena ver o filme para poder fazer sua própria interpretação. Jamais deve-se desencorajar alguém para ir ao cinema, por mais que em muitos momentos de Venom sejam tão ruins que tornam-se cômicos, podendo divertir quem irá assisti-lo.